A
educação é ferramenta principal para o ser humano construir-se moralmente e
intelectualmente. Com ela podemos aprender a discernir o certo do errado, para
integrar-se na sociedade. Esta integração tem como base a cooperação conjunta
para a construção e reconstrução de uma sociedade menos excludente.
A maior
prioridade da educação, além dos conteúdos sistematizados, obrigatórios por
lei, deve-se incluir no aprendizado a formação do SER, voltado para o ser
integral. Caso contrário estamos fadados a continuar sofrendo as consequências
de uma sociedade desorganizada e competitiva ao extremo.
A seguimentação da educação é o alicerce que
interliga todos os níveis educacionais. Como ter um ser integrado, se não
conseguimos vincular a educação a vida. Neste caso jamais atingiremos os
objetivos propostos.
Como
educar os jovens se estamos perdendo o controle familiar. Pais que desistiram
de educar seus filhos, pais que preferem seus objetivos, isolando seus filhos
do processo familiar.
O
compromisso do professor vai além do professar, tem que ter um desafio
maior. Desafiar a aprender, a gostar de
ler e interpretar, isso é o mínimo que se deve fazer.
Os níveis
de educação serão construídos sem as maiores dificuldades e consequentemente a
seguimentação estará garantida. Para que todos possam construir novos
conhecimentos a partir daqueles que a escola transmite na vida acadêmica.
Lembramos
que conseguir avançar em cada nível, e absorver a formação sólida como base
principal da construção de um cidadão participativo, resultando em um
profissional competente, aquele que faz porque sabe fazer. Neste caso, podemos
citar o aprender fazer, o aprender a conhecer, o aprender a viver e o aprender
a ser.
Podemos preparar uma pessoa para
ser profissional em determinado seguimento da sociedade. A maior prova está,
quando este profissional adentra no mercado de trabalho. Você às vezes é mal
atendido por ele. Parece que somos mercadoria a ser vendida. Não há uma
socialização, porque o que interessa é o lucro. Neste caso passamos a ser
tratados como diferentes.
Encontramos
exemplos na área da saúde, na administração, na advocacia, etc, faltaria aqui
espaço para delimitar as profissões.
Não
podemos generalizar, há profissionais que demonstram todo o interesse e selo
por quem está atendendo.
Mas não
podemos esquecer, que uma má formação básica, não dá condições de um tratamento
humana ideal. Um tratamento embasado na solidariedade, isso é o mínimo que se
espera do profissional.
Diria que a Formação Humana e a
percepção do mundo, do que está a sua volta o respeito incondicional pela
essência do ser humano (ser transcendente), sabendo suas origens e os fatores
que contribuíram para a sua formação.
O
conjunto da ética, porque não dizer do ser mais espiritualizado, preparado para
novos desafios e novas perspectivas da vida. Um ser responsável pelos seus
próprios atos, dotado de livre arbítrio, mas ciente do que pode ou não fazer.
Quem sonha com um mundo melhor
jamais pode dizer isto. Temos dificuldades para enfrentar, jovens mais
exigentes, jovens que estão sendo liberados de regras familiares, regras
sociais. Porém cabe a nós educadores (professores) mostrar por meio dos bons
exemplos, quanto vale ser honesto e sincero. Ninguém perde ninguém, podemos nos
afastar por um período de tempo, mas em um futuro próximo temos que prestar
contas com nossa consciência do que fiz ou deixei de fazer. Neste caso para
quem teve uma formação básica, caso que muitos professores não o tiveram, fica difícil,
como diz o ditado, um cego não poderá guiar outro cego, necessitará de uma
terceira pessoa para orientá-lo e mostrar o caminho ou a rota ser seguida.
De geração para geração, as coisas mudam, alguns padrões se modificam. A geração nascida a partir de 1980 tem recebido cada vez menos imposições dos pais, encontram um mundo rico em produção cultural, com cada vez mais informação, mas contraditoriamente, no Brasil o desenvolvimento educacional dito formal não acompanhou este ritmo. Pode-se dizer, em linhas gerais, que esta geração é cheia de escolhas, com poucos limites, muitos com pouca educação formal, e convidadas continuamente para uma visão hedonista da vida.
Esta nova situação implica primeiramente:
a concorrência é grande, escola-sociedade-famíia. A juventude de hoje quer coisas
mais imediatas, mais rápidas. São seres sem paciência para construção do
conhecimento. Por outro lado, muitos têm mais facilidade para aprender do que
no passado, pois possui ao seu alcance novas tecnologias. Mas o que dizer
daquele que não tem a sua disposição estas ferramentas.
A escola
oferece pouco atrativo, uma carteira, uma quadro que ainda é de giz, uma sala
nada apropriada, que dê prazer. Mas por outro lado, volto a dizer sem formação
básica (do ser) não vamos a lugar algum. Só conseguiremos mudar o que aí está
exposto se juntos buscarmos novas perspectivas educacionais. Uma sociedade e
uma família sem limites, e um entrave para a educação. Neste caso o maior
desafio é mostrar aos jovens que o mundo tem jeito, o que compete a nós e
buscar está materialização.
A aprendizagem é processo que
recria e enriquece o ser humano, tornando-o mais evoluído. O que se aprende
hoje se tornará importante no futuro.
O exemplo
está na infância e na adolescência, período que a aprendizagem se torna mais
rica e atraente. Neste caso devemos aproveitar para difundir a essência do Ser.
Por isso,
a educação deve preparar os jovens com recursos hábeis para o enfrentamento das
dificuldades e desafios quer possam surgir, para ter uma maior habilidade no controle
bio-psico-emocional e consequentemente agir com a razão, sem perder os valores
morais e éticos.
Lembrando
sempre que o homem/mulher faz parte do universo, e como tal deve ser preparado
para a convivência em sociedade em especial na família.
Proporcionar
um currículo mais agradável, com mais significado para a vida, não quer dizer
abandonar as pesquisas, pelo contrário, prioriza paralelamente a qualidade sem
prejudicar a valorização da educação.
Ao
professor, cabe a tarefa de desenvolver em seus educandos os valores
éticos-morais, além dos conteúdos sistematizados no dia a dia da escola, buscando
seu maior significado.
É
necessário que a sociedade, a família e o poder público saibam qual seu papel
na construção de uma sociedade mais justa e menos excludente.